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Mostrando postagens de julho, 2012

Hasta La Vista! (by Fabi)

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"Hasta La Vista!" tinha tudo para ser mais um filmezinho clichê sobre deficientes e suas limitações: Philip, um tetraplégico, Josef, um cego e Lars, um paraplégico com câncer em estágio terminal. Mas não é. Na trama, ambos descobrem, na Espanha, a existência de um bordel especializado em "pessoas como nós", como diz Philip e tomam a decisão de sair da Bélgica em uma van, conduzida pela enfermeira Claude e assim perderem a virgindade. A abordagem da deficiência física, em nenhum momento, é feita com pena, mas com delicadeza e suavidade. Numa das cenas mais belas do longa, o público descobre que nenhum dos atores sofre de qualquer limitação física, o que chega até a surpreender de tão convincente que são as atuações. Premiado no Festival de Montreal, o filme se inspira na história real de Asta Philpot, norte-americano que nasceu com uma doença genética grave que leva à paralisia total do corpo. Depois de uma experiência num bordel com aces

O sonho de ser escritor (by Gian)

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Atores não me levam ao cinema. Tenho alguns que adoro é claro, profissionais que sozinhos já dão graça e levantam qualquer roteiro, valendo mesmo o preço do ingresso. Mas minhas escolhas raramente caem exclusivamente sobre atuação. Todavia, dessa vez foram eles que me chamaram a atenção para o filme “ Being Flynn ”. Duas feras de fazer cair o queixo no mesmo filme, o já consagrado em tudo que é canto do mundo Robert De Niro, e o relativamente novo, mas que já vem mostrando suas asinhas de genialidade Paul Dano. E ainda de sobra tem a ótima Julianne Moore que mesmo com pequena ponta rouba as cenas quando aparece. E aí meus amigos, o filme é show de atuação. Não sei quem está melhor. Vi duas vezes, uma sem legenda, só para não perder uma expressão facial, um gesto, uma palavra. O diretor Paul Weitz, que até então era mais conhecido por ser irmão do Cris Weitz (de Lua nova, saga Crepúsculo), fez o que tinha que fazer: não se meter, não atrapalhar, deixar os atores à vontade para da

Há se não fosse o amor (By Gian)

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O drama aqui é sobre traição, infidelidade conjugal. Não! Voltemos. O drama em questão é sobre o amor, o amor descoberto tarde demais, tão tarde que agora é proibido, tem que ser curtido às pressas e em segredo. Não, não, comecemos de novo! O drama em questão é para sofrer junto daquele que deixa de ser amado e que aos poucos começa a ser abandonado(a) pelo parceiro(a) dentro da sua casa, do seu casamento.  É nesse vai e vem que se desenrola “ Que Mais Posso querer ”, o novo longa de Silvio Soldini (Pão e Rosas). O filme é simples, e fala do simples: pessoas se apaixonam, trepam, sorriem, sofrem, fazem outros sofrerem e a vida se segue. E esse é um dos méritos do filme, não há desculpas baratas, mentiras sem nexo ou explicações psicológicas para a traição. Aqui os casais não estão em crise. É a vida de duas pessoas casadas e sem grandes problemas, com bons empregos e relacionamentos, e que pularam a cerca atrás do sexo, se apaixonando. Ao contrário de outros filmes sobre o tema

Alma Cutucada (by Gian)

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Já são quase duas da manhã e não posso deixar para depois, tenho que escrever agora sobre o que acabo de assistir, trata-se do filme “ Me Excita, droga! (Turn Me On Goddammit) ”, que nos leva a Skoddenheim , uma cidade no interior do Noruega cheia de adolescentes ociosos e perdidos na rotina das mesmas baladas, mesas atitudes, mesmos colegas. Nessa falta do que fazer, o acontecimento mais esperado da região é uma festinha onde a escola toda se reúne em busca de azaração, beijos na boca e quem sabe...um namoro. A personagem principal é Alma, loirinha graciosa de 15 anos que é louca de desejo pelo bonitão do pedaço, um rapaz boa pinta que também da uns certos moles pra ela. Festinha rolando, eles saem da casa e ficam sozinhos sob um céu estrelado, e o rapaz cutuca a perna dela com o pênis, ela não leva na esportiva e acaba espalhando pra geral o ocorrido, só que todos gostam muito dele, e a acusam de leviana e difamadora, destruindo assim todo sua popularidade em uma região o

Para Roma com amor. (by Fabi)

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Estou bem longe de ser fã ardorosa do trabalho de Mr. Allen, muito embora aprecie algumas de suas obras. Assistindo a To Rome With Love nesse final de semana, concluí que continuo com a mesma opinião sobre este distinto diretor, por muitos considerado gênio, por outros louco. Em mais uma de suas odes à Europa, na tentativa de alcançar o mesmo sucesso de Match Point (Londres), Vicky Cristina Barcelona (Barcelona) e Meia noite em Paris (este com uma indicação ao Oscar), Woody Allen não foi tão bem sucedido. O filme garante momentos ilários, com o próprio Woody Allen atuando e com o italiano Roberto Benigni que está impagável. É um filme engraçado, inteligente, porém bem longe do nível de um Match Point, por exemplo, que diga-se de passagem é um dos meus preferidos. O filme conta várias histórias que acontecem na belíssima Roma ao mesmo tempo, a partir da perspectiva de um guarda de trânsito. Daí, desenrolam-se engraçados episódios como o da prostituta Ana, interpretada pela atriz