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Mostrando postagens de agosto, 2021

Com relatos e entrevistas dos próprios Afegãos, Em Nome do Meu Povo é uma aula imprescindível sobre o que se passa naquela região marcada por conflitos.

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O território do Afeganistão sempre foi zona de lutas, conflitos e massacres. Desde o domínio inglês, passando pela tomada do seu território pela União Soviética, até o poder dos talibãs e a invasão estadunidense, o povo perece pela incontrolável violência de quem quer que esteja à frente do seu comando, e o que é pior, não se visualiza uma perspectiva de paz a curto ou médio prazo. Semana passada o Afeganistão voltou a preencher as primeiras páginas dos principais jornais do mundo pela volta do Talibã ao poder, que para demonstrar força e poder, mal esperou que as forças armadas dos EUA se retirassem como haviam prometido ao final desse ano de 2021, e sem muita dificuldade, dominou estrategicamente a maioria dos estados do país, fazendo com que exército estadunidense batesse em retirada como ocorreu ao final da guerra do Vietnam. Muito se fala, muito se noticia. E na intenção de nos sitiar no foco do desespero a que se submete o povo daquela região, o professor, filósofo e documentar

Cinco Esquinas tem como base duas das coisas que mais aparecem ao longo das obras de Llosa: Sexo e Política

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 Ao contrário da contracapa dessa primeira edição do penúltimo livro do Llosa editado pela Alfaguara que se encontra em minhas mãos na foto ao lado, esse texto NÃO contém spoiler ! Sim, o cara que escreveu a sinopse do livro na sua contracapa, com intuito de vender muitas edições, acabou entregando nela coisas que certamente o autor da obra não gostaria que o leitor soubesse logo de cara, todavia, nada que estrague o ótimo roteiro e a prazerosa leitura desse belo romance do escritor peruano premiado pelo Nobel. Lenda viva da nossa literatura latino-americana Mário Vargas Llosa é um biógrafo e romancista com especialidade em política e sexualidade, e em Cinco Esquinas ele mergulha de cabeça na junção desses dois temas para contar uma história de chantagem, onde um milionário empresário peruano do ramo das minerações, casado, famoso e "conservador", é fotografado em uma suruba com um estrangeiro e algumas prostitutas, fazendo sexo de todas as formas que podemos imaginar.

O misterioso Austerlitz é um judeu estudioso da arquitetura e do urbanismo da era capitalista, que através de pesquisas vai de encontro aos terríveis acontecimentos do seu passado.

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Sinto dificuldades em escrever sobre Austerlitz (2001) de W. G. Sebald, e me remeto até suas páginas em um momento em que o personagem principal homônimo relata ao narrador suas dificuldades de colocar no papel aquilo que saí tão espontaneamente de sua cabeça através das palavras.   Austerlitz, ao contrário do que é dito pelo seu personagem, é um livro fácil de se ler, mas que apesar disso pode cansar o leitor pelas extensas descrições de catedrais, ferrovias e fortes, já que Austerlitz é formado em arquitetura com especialização na sua história, então a obra tem como pano de fundo a paisagem arquitetônica capitalista europeia, em especial a francesa e a tcheca, onde o autor traça paralelos com seu passado remoto. Auterlitz é quinto e último romance publicado em vida por Sebald, e acho que só foi publicado por aqui pelo Brasil uns dez anos depois de escrito, e eu só consegui compra-lo agora, dez anos depois de publicado. Então estou com vinte anos de atraso na leitura. Mas não faz m