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Mostrando postagens de 2013

Sai o ditador, entra o herói (by Gian)

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Professores, funcionário e alunos de uma escola estadual em Salvador fizeram uma eleição com o objetivo de mudar o nome da instituição, que desde sua inaugurarão em 1972 leva o nome do então presidente ditador Emílio Garrastazu Médici. O resultado não podia ser melhor, com 69% dos votos ficou decido que a partir do próximo ano letivo a escola levará nome do herói Carlos Marighella, um dos mais importantes heróis do Brasil que participou da luta armada contra o golpe militar, e que foi o fundador do grupo armado Ação Libertadora Nacional, participando de inúmeras batalhas contra o então exército nacional que recebia finanças dos EUA para manter a ditadura no nosso país. Foi morto em uma emboscada depois de ser entregue por companheiros torturados pelo delegado do DOPS de SP Sérgio Fleury. Em segundo lugar na eleição para a troca do nome ficou o geógrafo Milton Santos, que também lutou contra a ditadura, e que conseguiu o exílio após ter cumprido 6 meses de prisão. Queria ter

(by Gian)

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Não quero falar de coisas chatas ou tristes. Cheguei a fazer um texto sobre a morte de Madiba, mas não vou postar. Até porque Fabi foi mais rápida e postou uma linda homenagem sobre esse homem que talvez tenha sido o mais importante da nossa geração, faltou apenas dizer que Mandela foi preso com a ajuda da CIA e dos EUA, e chamado de terrorista por esse governo, e a então primeira-ministra britânica Margaret Thatcher disse: "O CNA - Congresso Nacional Africano, partido de Mandela - é uma típica organização terrorista... Qualquer um que pense que ele vá governar a África do Sul está a viver na terra do faz de conta". E hoje esses mesmos países prestam homenagens a ele. Quanta hipocrisia...Não quero entrar nesse assunto. T ambém não vou falar de meu querido Flu que ano que vem vai jogar a segundona. Não dou um centavo do meu dinheiro pra futebol, e é nessa hora que valorizo meus centavos e vejo que lástima é um campeonato cujas regras proporci

1 minuto de silêncio (by Fabi)

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Quando alguém como Nelson Mandela parte, o mundo fica mais turvo, mais frio, mais carente. Se é verdade que a gente precisa de ídolos, de mártires, de ícones, hoje, estamos um pouco mais sós.  A África do Sul hoje está órfã. Morre Madiba, como era chamado carinhosamente pelo povo sul-africano. Acho que nunca na História, um chefe de Estado recebeu tantas honrarias, de tantos outros chefes de Estado. Deu nome até a um pica-pau e à uma orquídea! Prêmio Nobel da Paz em 1993. Governou a África do Sul de 1994 a 1999. Foi inspiração para o cinema no filme Invictus de Clint Eastwood e a primeira vez que a ONU dedicou uma data em particular a uma pessoa, foi em 18 de julho (data de seu aniversário). Em 2010, mesmo já bastante debilitado, encantou o planeta na Copa da África, juntamente com seu povo, com suas danças, coloridos e alegria. Esteve 27 anos preso durante o regime do Apartheid, por acreditar na igualdade entre as pessoas, por ser contra a ditadura da raça, acreditando que ningué

Vomitando clichês (By Gian)

Não é do meu feitio reproduzir textos de outras pessoas aqui neste blog, acho que se criamos um espaço para idéias, elas devem ser exclusivamente nossas, permitindo no máximo alguma citação ou frase de efeito que possa caracterizar ou explicar melhor a narrativa.Todavia, abrirei uma exceção por um motivo muito especial: O texto que reproduzirei abaixo tem uma consonância muito forte com o fato de eu não ter mais Facebook ou de evitar qualquer contato com redes sociais. Pois além de eu odiar expor minha vida pessoal para quem quer que seja, e não me interessar à mínima para essa falsa felicidade de minuto que são postadas via fotos ou mini-relado a cada instante, o que mais me aterrorizava eram os relinchos burros e repetitivos de idéias criadas por meia dúzia de preconceituosos e que viravam clichês nas postagens daqueles que não pensam com a própria cabeça, mas relincham. E para eu não ter que ler diárias idiotices, e não me estressar em uma linda manhã de domingo, eu com toda a

Feridas Abertas (by Gian)

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E u sei que as maiores produções cinematográficas produzidas pelo TIO SAM são guardadas para serem lançadas no final do ano, pois assim têm mais chances de concorrer e ganhar o Oscar, prêmio mais famoso   do cinema mundial e que enche de dólar a carteira de muita gente que trabalha com sétima arte. Mas poxa vida, está faltando pouco mais de um mês para que o ano de 2013 vire defunto e até agora não surgiu uma superprodução estadunidense que a gente possa dizer que é boa pra caramba. Bom, até agora.. . Ainda está em cartaz em alguns cinemas “ Os Suspeitos (prisioners) ”, filme que nos perturba a mente com a história do desaparecimento de duas menininhas que foram vistas pela última vez brincando ao lado de um trailer que pertence a um rapaz doente, cuja mentalidade se equivale à de uma criança de dez anos de idade. O desenrolar do roteiro não tira o pé do freio: passam-se dias, a dor da família aumenta, o policial que investiga o caso, apesar de esforçado é desatento e irreg

O saquinho de jabuticabas (by Fabi)

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Sou feliz pela profissão que escolhi. Me realizo quando percebo nos olhos de uma criança seu entusiasmo pelo novo, quando sinto sua expectativa diante de algum desafio. Sim, eu sou professora. Sim, eu trabalho com crianças e é isso que eu sei fazer. Não gosto do romantismo, da fantasia que norteia minha profissão, já que este é usado há anos como modo de coação e transferência de responsabilidades, mas sei que ele é inevitável, principalmente pelos alunos. Somos vistos por eles como seres superiores, alguma coisa entre Deus e mãe. Somos seu primeiro amor na infância, afinal, quem nunca se apaixonou pela professorinha? O grande barato disso tudo é que depois de mais de 20 anos de estrada, ainda me surpreendo e me emociono. Tenho recebido presentes desde a segunda-feira. Coisinhas simples, simbólicas: cartinhas, beijos, pequenos mimos... Hoje fui subitamente abordada por um aluno extremamente tímido, que quase não se manifesta em sala de aula, salvo quando solicitado. Ele abriu ti

Quando me apaixono (by Fabi)

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A estréia como diretora da grande atriz americana, Helen Hunt, não foi arrebatadora como suas atuações, o longa Quando me apaixono, esteve longe de ser sucesso de bilheteria nos cinemas americanos e só chegou ao Brasil, 2 anos após ser lançado na terrinha do Tio Sam. Ainda assim acho que merece ser citado aqui no Biboca, pq é um filme que tinha tudo p/ ser só mais um "filme mulherzinha", com encontros e desencontros entre um casal, aquela comédia romântica água com açúcar que enjôa,  mas ele surpreende com a alta dose de drama bem articulado, de questionamentos interiores sobre a vida, religião, a maternidade, o perdão, a adoção e claro, a eterna busca feminina pelo amor, sem se tornar piegas. Helen é April , professora, uma mulher madura, que chega aos 40 anos alimentando o desejo de ser mãe, mas encontra dificuldades para engravidar. Como cresceu insatisfeita num lar adotivo, é muito resistente à ideia de adoção. E, para piorar a situação, seu marido pede o divórcio. Em

Uma Resposta (By Gian)

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Falou pouco, mas falou grosso e bonito. Em seu discurso na ONU a presidenta Dilma conclamou em alto em bom tom, para que as nações do mundo tomem atitude soberana contra a espionagem estadunidense, o que classificou como “afronta a outros países”. Sobre a araponga e a falsa desculpa dada pela embaixada Tio Sam, Dilma foi clara: “ Não se sustentam os argumentos de que a interceptação ilegal de informações e dados destina-se a proteger as nações contra o terrorismo, pois o Brasil é um país democrático que repudia, combate e não dá abrigo a grupos terroristas ”. E ainda afirmou: “ Fizemos saber ao governo norte-americano nosso protesto, exigindo explicações, desculpas e garantias de que tais procedimentos não se repetirão ”. Com isso a presidenta solicitou a colaboração de outras nações na implantação de mecanismos multilaterais cujo objetivo seja a implantação de um sistema de efetiva proteção de dados virtuais e segurança na Internet: “ Este é o momento de se criar as condições p

Obsessão Pela Fama (By Gian)

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Qual o limite entre a paixão do fã pelo seu ídolo e o fanatismo doentio? Em “ The Bling Ring - A Gangue de Hollywood ” Sofia Coppola dirige a história real de uma turma de amigos que invade as casas dos famosos para furtar seus pertences pessoais. E é através da Internet e das redes sociais que eles descobrem o endereço das celebridades e os momentos em que elas não estão em casa. São pessoas ricas que querem usar as roupas, os sapatos e as jóias dos seus ídolos, gastar seu dinheiro e dirigir seus carros, não por que precisam, mas pela falsa sensação de serem aquela pessoa, de ter no corpo o que já passou pelo corpo famoso, de sentir que pertencem a esse estilo de vida tão sobrevalorizado pela mídia e pela sociedade em geral. E o mais interessante é que Sofia Coppola não abandona seu estilo de filmagem, sua fotografia com cores exageradas e sua firme convicção de não tomar partido dos acontecimentos, seu objetivo é simples: mostrar o que aconteceu, sem vítimas nem agressor

Temos muitos Stephens (By Gian)

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Todos estão acompanhando essa ação terrorista do governo estadunidense de invadir a soberania dos países e de seus governantes, além da privacidade de quem quer que seja, através da bisbilhotagem em mensagens eletrônicas de qualquer tipo que seja. A arrogância e a prepotência do EUA é sem limites. Discursam sobre o combate ao terrorismo, que nada mais é que uma desculpa esfarrapada do reino do umbigo acima de tudo e de todos. Isso tudo é somente um lado de uma moeda que não poupa governantes, cidadãos e, muito menos, empresas internacionais, a exemplo da nossa Petrobrás. Assim como suas guerras e invasões não poupam vidas civis, inclusive de crianças. O pior é que existe um monte de baba-ovo-puxa-saco desse país que nos espiona; e sempre que alguém vem falar mal do Brasil e chupar o ovo do saco escrotal estadunidense, me lembro do último filme do Tarantino, onde Samuel L. Jackson (personagem Stephen), escravo africano alegórico, serelepe e puxa-saco, faz toda uma abanação de

70 anos de Roger Waters (By Gian)

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Sem nenhuma sombra de dúvida minha cultura musical se define em antes e depois de ouvir Roger Waters. Lembro perfeitamente que comprei uma fita cassete pirata do Pink Floyd The Wall na Casa Edson, localizada no Centro de Nova Friburgo e meu gosto musical se modificou completamente. 98% das composições daquele álbum são de Waters, inclusive o famoso hino “Another Brick in the Wall”. Roger era a alma do Floyd, e apesar dos outros quatro integrantes serem muito bons naquilo que faziam, nenhum chegava aos pés de Waters no quesito originalidade, criatividade e poesia. Roger Waters é foda, e fez do Floyd uma das maiores bandas de rock de todos os tempos. Hoje RW faz 70 anos de idade. Discografia:     Com Pink Floyd : The Piper At the Gates of Dawn (1967) A Saucerful of Secrets (1968) More (1969) Ummagumma (1969) Atom Heart Mother (1970) Zabriskie Point (1970) Relics (1971) Meddle (1971) Obscured By Clouds (1972) Dark Side Of The Moon (1973) Wish You Wer

Rir (by Fabi)

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Sabe aqueles dias em que vc só quer sentar em algum lugar, bater um bom papo, estar em boa companhia , rir, rir, rir até perder o fôlego? Despretenciosamente vc quer se divertir, rir de nada, rir de tudo, com um único compromisso: não ter compromisso com nada! Bom, deve ser por isso e para isso que existem as férias. E ontem comecei a aproveitá-las em grande estilo. Em meio a gente amiga, bem humorada , bem resolvida e fazendo uma das coisas que mais me dão prazer na vida: ir ao cinema.O curioso, é que não fui assistir a nenhum filme top de linha, de nenhum diretor, como diz um amigo, "8º dam, faixa vermelha" , não era nada de especial, mas que se tornou especial , pq eu quis que assim o fosse. Fui assistir à comédia do momento: "Minha mãe é uma peça" ,que acompanha o dia a dia de uma mãe e seus filhos, com o comediante badalado da vez, o ator Paulo Renato , que nem me agrada tanto assim,acho meio forçado. Mas como ontem era um dia incomum, até o q não me agradav

Trier Volta a Cannes (By Gian)

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Polêmico e genial são os adjetivos mais usados quando se fala do diretor dinamarquês Lars Von Trier. Tido com persona non grata e banido no festival de Cannes em 2011 por brincar em uma entrevista coletiva ao dizer que entendia e simpatizava com Hitler, Trier volta ao festival dois anos depois para exibir em primeira mão seu novo longa: “ Nymphomania” que terá cenas de sexo explícito. A história é de uma mulher encontrada machucada atrás de uma boate por um senhor e levada aos seus cuidados para casa. Enquanto é tratada e se recupera a estranha e misteriosa mulher começa a contar histórias eróticas de sua vida. Deverá ser mais um longa-metragem munido da arte de chocar, a qual von Trier tem se dedicado. É esperar para ver.

Always! (by Fabi)

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O Último Rebelde (By Gian)

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Não, o blog não é de homenagem aos mortos. Mas Chorão morreu! Como posso deixar de registrar? Rockeiro rock and roll. Rock and roll  que não se acha mais no Brasil, que quebra hotel, que mete a porrada em rival no aeroporto, que faz a banda toda se despedir e contrata outra, que é processado por gravadora, que sobe no palco dando lição de moral em fãs de bandinhas merdas, que faz filme alternativo, que não se desculpa de nada. Vai lá e quebra o céu Chorão, mete bronca, e me apresenta essa atitude que te dou até um doce.

O Bons Morrem Antes (by Gian)

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Como a Presidenta Dilma disse: “ Uma perda irreparável ”. Acabamos de perder o maior líder político da América do Sul e um dos maiores do mundo. O grande companheiro Hugo se vai, mas suas idéias jamais morrerão. O homem que reduziu a pobreza em seu país de 42% a 9% não morre. Sua imagem e sua luta ficarão salvas para sempre no coração de cada homem que sonha com o fim das imensas desigualdades sociais que transformam a dignidade do ser humano em escravidão. Viva o Chavismo! Eternamente HUGO CHÁVEZ !!

É hoje!!! (by Fabi)

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Muito embora, em minha opinião, seja uma noite sem muitas surpresas, Oscar é Oscar! Sempre! Muito glamour, muita beleza e oscarizáveis passando pelo suntuoso tapete vermelho e obviamente, que muito talento também! É muito cult encher a boca e dizer que só curte Cannes, Montreal, Sundance, Berlin, mas cinéfilo de verdade é eclético com relação aos festivais. Então vamos lá!!! Como já assisti a todos os candidatos a melhor filme e melhor filme estrangeiro, darei minha humilde opinião amadora. Filme "Indomável sonhadora" "O lado bom da vida" "A hora mais escura" "Lincoln" "Os Miseráveis" "As aventuras de Pi" " Amour " "Django livre" "Argo" Filme estrangeiro " Amour " (Áustria) "No" (Chile) "War witch" (Canadá) "O amante da rainha" (Dinamarca) "Kon-tiki" (Noruega) Os Miseráveis , p/ mim, é barbada! Filme de Oscar, pra Oscar

Troféu Biboca 2012 (by Gian)

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Chegou o grande momento da premiação de cinema mais importante de toda blogosfera mundial! 2012 foi um ano rico em filmes políticos, de norte a sul, leste a oeste, os países se empenharam em filmar acontecimentos verídicos que ocorreram em algum momento da sua história. Muita coisa boa surgiu, e mesmo não entrando todos aqui na lista, vale a pena dar uma pesquisada nos grandes trabalhos desenvolvidos mundo a fora. Apesar disso, o troféu Biboca de Cinema 2012 vai para um tema diverso, o amor. O melhor filme de 2012 fala sobre a velhice, o vencedor é Amour do austríaco Michael Haneke. 1 º   Amor ( França/Áustria) – Não só o melhor do ano, como também o melhor de Haneke. Um olhar triste, mas infinitamente sensível, sobre a vida entre quatro paredes de um casal idoso, Georges e Anne são músicos aposentados que aprenderam a viver apenas para seus pequenos hábitos e prazeres domésticos, cuja rotina somente é alterada pelas esporádicas visitas da filha. Mas a velhice trás o

Sensível (by Fabi)

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  Apesar do elenco de primeira linha, não havia dado muito crédito ao longa "The Sessions" a ponto de assisti-lo. Até semana passada. Com uma delicadeza quase infantil, trata das questões sexuais, interpessoais e religiosas brilhantemente. Helen Hunt, digna como sempre, em lindas cenas de nudez (afinal ela já tem quase 50) e John Hawkes honesto e convincente no papel do encantador poeta e escritor deficiente Mark O'Brien, que nos encanta do início ao fim da trama. Vítima de poliomielite na infância e sem mexer os músculos do corpo, por sentir-se incompleto, Mark começa a questionar-se sobre religião, vida amorosa e sexual e decide consultar uma especialista em exercícios de consciência corporal para poder "sentir" o nunca antes sentido prazer do sexo, do contato físico com uma mulher. Em longas conversas com seu amigo, o padre Brendan, interpretado por William H. Macy, Mark inicia um processo longo e começa a esgueirar-se por um universo novo e

E a água levou ...(By Gian)

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O diretor espanhol Juan Antonio Bayona se transformou em promessa no seu país quando dirigiu o excelente “O Orfanato” com apenas 32 anos. Com um jeitão de garoto responsável Bayona atraiu olhares internacionais para seu o trabalho, não tardando e ser seduzido por Hollywood na promessa de uma mega produção blockbuster. Com milhões de dólares injetados na realização do “ O Impossível ” Bayona teve sua maior felicidade na escolha do elenco: Ewan McGregor, Tom Holland e principalmente Naomi Watts atuam de forma exemplar na verdadeira história de uma família que vai passar o natal na Indonésia e é atingida dentro do hotel pelo Tsunami, separando-os pela imensa invasão do mar. Os primeiros vintes minutos de filme são de tirar o fôlego, as cenas estão tão bem filmadas e editadas que Bayona consegue transformar um paraíso aparentemente seguro em um inferno angustiante. Mas a possível confiança do diretor numa boa história pode ter sido a causa da sua perda de foco. Depois do espetá

A Besta (by Gian)

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O título do texto seria “Satanás a serviço da igreja”, mas achei uma falta de respeito danada associar o cara lá de baixo com Silas Malafaia. Como o diabo se sentiria com tamanha injúria? Se o povo fosse mais criativo mudaria o nome do Demônio para Malafaia, ou acrescentaria esse sinônimo. Mas existem Malafaias honestos e sensatos nesse mundo (acredito que a grande maioria), e injusto seria, como também o é para o Capeta. O inferno não é tão ruim quanto o Malafaia Pastor, ou Malafaia Mau caráter, Malafaia Inimigo do Bem. Acabei de ver no youtube parte da entrevista do Pastor no SBT (não agüentei ver tudo), e me deu tanta raiva do povo. Como pode alguém simpatizar com essa figura preconceituosa e ignorante? O imbecil é ignorante até na área de sua formação, a psicologia. Baseia-se em teses totalmente ultrapassadas pra tentar manter seu discurso homofóbico. Qualquer entrevistador comprometido com a verdade já teria quebrado sua idéia ignorante nos primeiros minutos, mas como b

CARNAVAL

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      Faça tudo com moderação e.....     BOA FOLIA!!!!      

Luto. (by Fabi)

O odor é o de fumaça, a cor é negra e a sensação é a de perda. Se o olfato tem memória, o cheiro rançoso da fumaça,  é o que mães e pais sofridos, vão se lembrar para o resto da vida. Nos solidarizamos com essas 250 famílias que nunca mais serão as mesmas. Que viram seus jovens e adolescentes se despedirem no sábado a noite e nunca mais os verão como eram: jovens, bonitos e felizes. Sou mãe. Tenho uma filha adolescente e meu coração sempre pára um pouco, qdo numa noite de sexta, ou sábado, seu telefone não atende durante a madrugada. Por isso, a tragédia de Santa Maria é minha também. É de todos os pais e mães que temem a violência, o inesperado, as más notícias. Em meio ao sensacionalismo barato da imprensa, das notícias desencontradas, da boataria, Fabrício Carpinejar, poeta gaúcho, soube narrar essa dor como ninguém até então. A MAIOR TRAGÉDIA DE NOSSAS VIDAS Morri em Santa Maria hoje. Quem não morreu? Morri na Rua dos Andradas, 1925. Numa ladeira encrespada de fumaça. A fumaç

Poliss (by Fabi)

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Mexendo com o que mais dói na carne da sociedade atualmente, a pedofilia, o longa francês Poliss (2011), adentra a louca rotina da CPU - Child Protection Unit (Unidade de Proteção à Criança; algo como o conselho tutelar), responsável pelo combate aos abusos e maus tratos infantis em Paris. A diretora francesa Maïwenn, que também atua no filme, consegue de forma perturbadora, fazer-nos adentrar no universo de uma equipe de policiais, altamente comprometidos com o cumprimento do dever, de maneira que não conseguimos ficar impassíveis diante dos relatos das crianças, do detalhamento dos crimes, por parte dos pedófilos e da atuação dos atores. Principalmente as crianças, que durante todo o filme, confunde-nos, fazendo duvidar de que sejam atores e sim  protagonistas reais de tais desgraças. O filme ganhou o prémio do júri no festival de Cannes 2011 e ainda teve 13 nomeações aos prémios de cinema francês (César) e conseguiu uma das melhores bilheteiras em França em 2011.  O título, Po

Tarantino e o Velho Oeste (by Gian)

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Gostaria muito de encontrar alguém que tenha acabado de sair de uma sessão de “ Django ”, e que nunca tenha ouvido falar de Tarantino, e que entrou no cinema apenas porque é fã de faroeste e achou o pôster do filme maneiro. Queria muito uma opinião assim, leiga, sem influências ou ideologias. Pois quem vai pra ver Tarantino vê Tarantino, encontra o que procura, está lá todo seu estilo visceral, sarcástico, debochado, cru, violento e acima de tudo memorável. Três horas sem tirar de dentro com um roteiro originalíssimo assinado pelo mestre Quentin, onde nada é previsível e o gênero nunca se define: ora estamos diante de uma comédia, ora diante de um drama e várias vezes em um spaguetti-western italiano dos anos setenta. Serei breve, e não pretendo com esse texto contar nada do que se passa no filme, quem faz o que ou como as coisas acontecem, vá e veja. E mais “Django” deve ser visto no cinema, é um filme feito para cinema. O tema principal do filme é o racismo e a esc

Tudo por um Oscar (by Gian)

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Quando terminei de assistir às duas horas e meia de “Lincoln” eu não pude acreditar que todo esse tempo não me acrescentou praticamente nada em minha formação cultural, no máximo me confirmaram algumas coisas já batidas, como por exemplo, Daniel Day-Lewis é hoje um dos maiores atores vivo do cinema mundial, e que já está mais que na hora de Sally Field se aposentar. E a coisa que ficou mais clara que água cristalina é que Steven Spilberg fez o filme com um único objetivo em mente: Ganhar o Oscar. E seu público que se lixe. Em todas as grandes produções dirigidas por ele, incluo aqui até aquelas com temas mais delicados como o holocausto em “ A Lista de Schindler”, o atentado terrorista em “ Munique ” ou mesmo a rebelião dos escravos a bordo do “ La Amistad ”, Spilberg sempre conseguiu emocionar em algumas cenas, prendendo seu público com um roteiro acessível e quase sempre repleto de sentimentalismo e emoção. Aqui não. Em “Lincoln” temos um filme técnico, com um roteiro