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Mostrando postagens de junho, 2018

Ensiriados (insyriated)

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 A guerra da síria pode produzir situações surreais só comparadas as comunidades do Rio de Janeiro, onde o cidadão tem sua residência fixada exatamente no meio do fogo cruzado, no ponto exato onde duas facções criminosas se confrontam para a tomada do poder, ou onde a própria polícia encontra posição para uma melhor troca de tiros. E no encalço do problema, o direito à proteção da propriedade privada visto mundialmente como fundamental e garantido sem distinção a todos os cidadãos, é abandonado e agredido, gerando as piores consequências. O diretor belga Philippe Van Leeuw escolheu o caminho da metáfora ao filmar duas famílias enclausuradas dentro de um apartamento no meio do fogo cruzado para mostrar a real situação da fragilidade do povo sírio diante do atual conflito: as dificuldades de se refugiar, a impossibilidade da proteção aos incapazes, as violações aos direitos mais básicos do ser humano, e o desespero de não saber se a pessoa querida voltará a ser vista com vida. O roteir

13ª Emenda (13th)

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 Hoje em dia, ao dialogarmos sobre cinema, é inevitável o assunto do forte impacto das atuais exibições via streaming , em especial a NETFLIX, que já conta com mais de 100 milhões de assinantes mundo afora que ainda compartilham senhas e perfis com amigos e familiares. Com todos os prós e contras, a NETFLIX tem uma força comparável com as que tinha as locadoras de VHS nas décadas de 80 e 90, e com o chamariz a mais de que a maior parte da sua arrecadação está sendo utilizada para produções próprias, que vão dos Blockbusters ao cinema alternativo, passando até pelo de garagem.   A questão que surge com impacto é se vale a pena ou não pagar em média trinta reais mensais para ter acesso aos serviços do provedor global mais famoso de filmes e séries. Sempre respondo que vale a pena sim, em especial pelos documentários originais da casa. Independente ou não de você não gostar de séries, assim como eu, ou não achar animador seu conteúdo quase nulo de clássicos do cinema mundial, a NETFL

O Insulto (L'insulte, 2017)

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Contando os altos e baixos e os prós e contras, uma coisa é incontestável nos 13 anos de governo do PT no executivo nacional, a população se dividiu em esquerda e direita, coxinha e mortadela, golpista ou petralha .  Qualquer que seja o modo que você se posicione (ou não se posicione), vão te enquadrar numa dessas categorias. E quando dois indivíduos no extremo dessas posições de encontram, seja numa roda de chope ou em um papo de desconhecidos dentro do transporte público, a coisa ferve, e se não houver aquela turma do “deixa disso”, o bateboca termina em tapas e bofetões. E foi apenas pouco mais de uma década de uma “esquerda” que jamais havia sentado no trono principal de Brasília. Imagina agora um conflito internacional de 70 anos, envolvendo além da política, disputa de território, guerras, terrorismo, e extremismo religioso? É nesse clima de tensões extremas, em um bairro de refugiados libaneses, que um insulto toma proporções gigantescas, e pode inclusiva ameaçar qualquer ac