Os perigos e a explicação de como surgiu e como é financiado um dos movimentos mais perigosos da atualidade, o da Antivacina.

 


Essa semana estreou no Streaming HBO/MAX o documentário “A Conspiração Antivacina  –(The Rise of the Anti-Vaxx Movement)” da premiada diretora Colette Camden, que explica a origem e o crescimento mundial do movimento antivacina.

 O filme já se inicia nos apresentando o principal vilão da história, o médico inglês Andrew Wakefield, que em 1998 publicou em uma das revistas científicas mais renomadas do mundo, a Lancet, um estudo que fazia relações entre a vacina tríplice viral (contra o sarampo, caxumba e rubéola) e o autismo. Não se sabe até hoje como essa revista foi capaz de publicar tal teoria sem nenhum estudo científico comprovado, e se especula que Walkefield possa ter introduzido tal artigo sem as devidas aprovações do editorial  graças a algum profissional seguidor de suas teorias, visto que o médico já era bem polêmico antes disso. O fato é que, anos mais tarde, foi provado que o estudo era nada mais nada menos do que uma tremenda fraude, pois Wakefield estava por detrás da comercialização de um novo imunizante contra a Sarampo, e com a vinda da tríplice vacina, ele deixou de lucrar milhões de dólares.

Descoberta todo esse monte de merda, Andrew Wakefield foi processado pelo conselho de medicina inglês, e consequentemente teve a sua licença médica caçada. Tudo dava a entender que seria o final feliz para o mundo científico e o desaparecimento do Doutor Impostor, não é? Que nada, depois dessa derrota em seu pais natal, o agora ex-médico Wakefield notou que os Estados Unidos tinham forte propensão em ideias que poderiam ir de encontro às medidas governamentais de cunho obrigatório, e viu no país um terreno fértil para disseminar suas ideias condenadas na Europa.

E foi lá, nos Estados Unidos da América, que o Ex-médico se tornou um mito, quase um Deus, para aqueles que precisavam de uma voz negacionista.  E com apoio de empresários, políticos e pessoas insatisfeitas com a indústria farmacêutica, Wakefield pode criar um verdadeiro império da sua teoria antivacina, para a partir daí espalhar para o mundo que vacinas causam autismo, morte de bebês, e vários outros absurdos conspiratórios.

Com a advento mundial da Internet, Wakefield, além de expandir seu público seguidor, conquistou adeptos que ficaram milionários vendendo “remédios” que prometiam curar autismo e outras doenças “causadas pelas vacinas”, tendo apoio de atores de Hollywood e sendo convidado para uma conversa de boas vindas à Casa Branca de Donald Trump.

E quando tudo parecia voltar a ficar meio morno veio a Covid 19 acompanhada de todas as burrices ocasionadas por Fake News, Trompismo, e aqui no Brasil o Bolsonarismo alienado, que além de fazer propaganda antivacina, fez o goveno injetar bilhões de reais em um remédio cientificamente provado ineficaz. E é OBVIO que NOSSO povinho burro de verde e amarelo pelas nossas ruas aparecem no final do documentário. Como eu já disse em diversas ocasiões, somos vergonha internacional.

 O documentário disponível na HBO MAX é firme em mostrar em como a desinformação pode trazer consequências graves à sociedade, como a vulnerabilidade, as variantes e a morte. Deve ser visto e passado para alunos e familiares. 

 

Nota 8,0

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