Tiny Furniture (by Gian)
A primeira impressão que me deu era que se tratava de um
curta-metragem de baixa renda. Atores coadjuvantes amadores, overdubs mal
feitos e uma história comum demais para se alongar muito. Fui vendo onde aquilo
ia parar e acabei me envolvendo emocionalmente com a personagem principal.
Trata-se de Aura, jovem de beleza comum e acima do peso, que acaba de voltar
para casa após anos de faculdade em uma outra cidade, onde se formou em Artes e
espera que portas se abram para o seu talento.
Mas as coisas estão difíceis para ela. Sua mãe, reconhecida
artista, se “acostumou” a viver em uma casa sem mudanças na rotina, vivendo
somente com a filha mais nova, uma adolescente precoce e ambiciosa, visivelmente
mais querida. E seu retorno ao ninho não é assim tão festejado como ela esperava.
E para piorar, Aura perde o namorado e vai trabalhar em um restaurante simplesmente
para que as horas passem mais depressa, para que alguma coisa interessante
apareça em sua vida.
Com pequeno orçamento, a diretora Lena Dunham de apenas 26
anos, faz um filme simples, porém carregado de realismo e honestidade, Tiny Furniture
retrata alguns verdadeiros problemas que as classes privilegiadas têm e que
tentam manter escondidos bem no fundo do armário.
Tão simples que chega a assustar.
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