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Mostrando postagens de janeiro, 2012

Albert Nobbs (by Fabi)

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O que vc faria para sobreviver numa sociedade machista sendo mulher? Numa época, em que uma mulher não poderia exercer funções destinadas a homens? Como manifestar sua homossexualidade em pleno século XIX? O novo longa do colombiano Rodrigo García ("Coisas que eu poderia dizer só de olhar pra ela", "Destinos Cruzados"), nos apresenta Mr. Nobbs, um silencioso e tímido garçon de uma pensão na Irlanda, que tem o sonho de abrir uma tabacaria e para isso economiza cada centavo que ganha para realizar tal sonho, interpretado brilhantemente pela excelente atriz Glenn Close. Numa sociedade rígida e intolerante, uma mulher (Albert Nobbs) se disfarça de homem para poder sobreviver. Sua vida começa a mudar, ao conhecer Hubert (Janet McTeer), suposto pintor contratado pela dona da pensão, mas que na verdade também é uma mulher, e que vive a mesma situação que ela. Sendo casada com uma outra mulher, Hubert, torna-se então um exemplo a ser seguido por Nobbs. À partir daí, Mr.Nobb

We are the World? (by Fabi)

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Tenho me feito uma pergunta ultimamente: estaria o mundo perto do fim? O apocalipse já estaria se cumprindo? As aberrações as quais temos assistido seriam os sinais do fim dos tempos? Pq é impossível assistir passivamente, à degradação das pessoas, das coisas, dos princípios e achar normal. Tudo parece estar de cabeça p/ baixo. Que legado nossa geração deixará às gerações vindouras? O Brasil pára para assistir a um programa de TV que, durante anos ganhou notoriedade, enclausurando jovens numa casa, embebedando-os em suas festas, para que após isso, façamos julgamento de sua conduta. Até que, finalmente, tal programa entra para as páginas policiais, com a suspeita de um estupro. Uma pedagoga, pessoa teoricamente instruída, uma educadora, usa a mídia para forjar uma gravidez de quadrigêmeos, fazendo uso de uma gigantesca "barriga" de silicone para fortalecer sua mise-en-scéne . Uma enfermeira, pessoa diretamente ligada à preservação da saúde e da vida, tortura e mata um cãozi

Crise + Bomba + Destruição = MONEY (by Gian)

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Quando se fala em Bomba Atômica vem logo na cabeça as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki sendo dizimadas pela covardia estadunidense, lembrança triste de um passado recente. E semana passada a tal bombinha voltou a ser discutida abertamente nos jornais, já que os EUA ameaçaram jogar algumas no Irã, sobre o velho pretexto de sempre, ou seja, aniquilar supostas instalações nucleares que Mahmoud Ahmadinejad pretende usar para fins bélicos. Mesmo papinho mentiroso que os EUA usaram para justificar a invasão ao Iraque nove anos atrás, e cadê as armar nucleares iraquianas? Até agora ninguém achou e todos sabem que o que queriam mesmo era o petróleo de Saddan Hussein e o controle do país. A verdade é que esse assunto de bomba atômica, invasões e destruição têm como verdadeiro objetivo arrecadar capital para a crise financeira que assola a economia mundial, principalmente na Europa e nos EUA. E quer coisa mais rentável para os Estados Unidos do que uma guerra? Os maiores produtores

Troféu Biboca 2011 (by Gian)

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Chegou o grande momento da premiação de cinema mais importante de toda blogosfera mundial! Já devia ter sido realizado, mas como tinha muita coisa ainda pra assistir, atrasei dez dias. Mesmo assim ficaram faltando filmes com boas chances de entrar na lista e que não deu tempo pra ver, como por exemplo “O Palhaço” de Selton Mello, diretor que já demonstrou talento suficiente em seu longa de estréia, o ótimo “Feliz Natal” de 2008. Não deu tempo, e a lista deste ano não terá filmes nacionais. Então, os 15 melhores do ano são internacionais. Só comentarei sobre o campeão de dois mil e onze, os outros concorrentes só serão anunciados, evitando assim, um texto longo demais. E agora, chegou o momento, tcham-tcham-tcham-tcham: - E o Troféu Biboca de Cinema 2011 vai para: O CAVALO DE TURIM, de Béla Tarr. 1º O Cavalo de Turim ( Hungria) – Não foi exatamente uma surpresa, Béla Tarr é um diretor que está à frente do nosso tempo. Fico imaginado em 1968 as pessoas saindo do cinema ao término da

Se a Veja não fosse partidária...(by Cristiane)

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Inquietos (by Fabi)

Do aclamado diretor Gus Van Sant, de obras primas como Gênio Indomável e Milk, Inquietos , à princípio me fez pensar no seguinte: de que eu ainda não tinha visto a morte ser tratada com tanta leveza, tanta delicadeza, quase com indiferença, no cinema. Mostra a morte, que permeia praticamente todas as cenas do filme, o amor, fantasmas, mas sem os clichês, ou o pieguismo de filmes como Ghost, Tudo por Amor e outras coisas açucaradas que vemos por aí. Annabel, doente em fase terminal de câncer e ciente dos poucos meses que lhe restam, feliz por essência, com fome de vida, conhece Enoch, rapaz depressivo, que sempre em companhia de seu amigo imaginário/fantasma Hiroshi, piloto Kamikase da 2ª Guerra Mundial, torna-se visitante assíduo de velórios de desconhecidos e que ao contrário de Annabel perdeu o gosto e o respeito pela vida após a morte de seus pais num acidente de carro. Sem grandes segredos ou revelações surpreendentes, a história se desenrola com uma delicadeza particular, sem a pr

Que espécie de aniversário é esse que nada tem pra escrever? (By Gian)

Hei de procurar o tema na TV, no periódico. Para me deitar nele. E que importa se não aja nada de bom? Arrastem-me convosco para as covas onde moram, coloquem-me na garupa do mundo até à pobreza a visitar a fome, a morte, os envelhecimentos. O que é idade? Quantos anos passaram? Sete, quarenta e nove, trinta e sete, trezentos, nenhum? A maré recuou tão devagar que sempre a sinto e tão depressa que jamais a senti. O novo e o velho ao mesmo tempo. É como uma febre que toma o lugar das vísceras, qual fígado, qual pulmão, qual estômago. Podridões vegetais, desabamentos, quedas. Abre-se os olhos aparecem, fecha-se e somem. Sou o contrário de todos, daqueles que não pensam, não lamuriam, não sofrem, emudecem, agradecem. Há momentos que me sinto tão só que tudo grita o meu nome me querendo, como antigamente meu pai a chamar-me no quintal: - G-I-A-N-C-A-R-L-O Onde me escondia num cantinho entre muro e bambuzal que costumava fazer pipa. Ajoelhado a terra a chorar de rir com formigas, re