Quando me apaixono (by Fabi)


A estréia como diretora da grande atriz americana, Helen Hunt, não foi arrebatadora como suas atuações, o longa Quando me apaixono, esteve longe de ser sucesso de bilheteria nos cinemas americanos e só chegou ao Brasil, 2 anos após ser lançado na terrinha do Tio Sam. Ainda assim acho que merece ser citado aqui no Biboca, pq é um filme que tinha tudo p/ ser só mais um "filme mulherzinha", com encontros e desencontros entre um casal, aquela comédia romântica água com açúcar que enjôa,  mas ele surpreende com a alta dose de drama bem articulado, de questionamentos interiores sobre a vida, religião, a maternidade, o perdão, a adoção e claro, a eterna busca feminina pelo amor, sem se tornar piegas.
Helen é April, professora, uma mulher madura, que chega aos 40 anos alimentando o desejo de ser mãe, mas encontra dificuldades para engravidar. Como cresceu insatisfeita num lar adotivo, é muito resistente à ideia de adoção. E, para piorar a situação, seu marido pede o divórcio. Em meio a tanta dor, sua mãe biológica "porra-louca", aparece do nada disposta a reconquistá-la e sem saber como lidar com isso, April conhece Frank, o complicado pai de aluno que, assim como ela, também passa por um divórcio complicado.
Apesar do elenco de peso, Colin Firth, Bette Midler, Matthew Broderick, Quando me apaixono está longe de empolgar, de arrebatar e apesar da imensa possibilidade de ser melhor, conquista por ser singelo, digno e muito "gente", que trata de assuntos de gente, com coisas que acontecem no dia a dia de gente, contando as mazelas de gente normal, que sonha, que se desilude, que odeia, que perdoa e que ama.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

"Sabina K"

Perda, envelhecimento, pouca funcionalidade social.

O Capital