Não deu Cisne nem Rede (by Gian)

Tendemos a ficar parcial quando gostamos muito de uma coisa, e minha paixão por cinema sempre me faz ser torcedor em dia de festivais, e como o Oscar é o único a ser televisionado, sempre me preparo para assistir com umas cervejinhas e uma lista de favoritos. No último domingo infelizmente dormi, nem chegar a ver o começo, mas mal acordei e corri pra Internet para saber dos premiados.

Dessa vez a academia espalhou os prêmios, “A Origem” e “O Discurso do Rei” levaram quatro prêmios, “Rede social” ganhou três, “O Vencedor”e ‘Toy Store 3” ficaram com dois. “O Discurso do Rei”saiu como o vencedor ao levar os principais de Filme, Diretor, Ator e Roteiro original. Eu estava torcendo por “Rede Social” e “Cisne Negro”, mas admito que o grande vencedor da noite foi o filme mais bonito dos que concorria.

Fui assistir “O Discurso do Rei” no sábado, de má vontade. Primeiro por ser de um diretor que eu nunca havia ouvido falar, e segundo pelos dois concorrentes citados acima. Sou muito fã de Fincher e de Aronofsky, esse último então já entrou no meu rol de gênios do cinema.
Pois bem, com dez minutos de filme o novato diretor Tom Hooper já havia me conquistado: fotografia belíssima (uma injustiça esse prêmio ter ido para “A Origem”), roteiro afinado e direção caprichosa. No final do filme não contive as lágrimas: “Caramba, esse ano a briga vai ser boa”, pensei.

Mas depois, assistindo um compacto de toda a premiação, fiquei triste com resultado. “Cisne Negro” levou apenas o de melhor atriz, uma injustiça com Darren Aronofsky que vem fazendo obra prima em cima de obra prima nos últimos anos. Quem consegue ver e se esquecer de “Réquiem por um sonho”? Ou mesmo o recente “O Lutador” onde entra na desgraça pessoal de um velho praticante de luta livre? Impossível não se emocionar sempre com Darren.
Contudo admito que “Cisne Negro”, assim com os outros da carreira do diretor, é muito forte, aconselhável mais para amantes de sétima arte do que para o público hollywoodiano, e a academia dessa vez optou de homenagear filmes mais convencionais.

Mas valeu, daqui pra frente ficarei de olho nos trabalhos de Tom Hooper, já que em seu segundo longa leva o prêmio de melhor diretor no mais famoso festival de cinema do mundo. Coisa que poucos conseguiram.

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