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Mostrando postagens de março, 2012

Sexo não trás amor (by Gian)

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Não sei se o termo “minimalista”, usado com freqüência em relação a tipos de cartazes em cinemas e em outras formas artísticas, pode ser dito em relação a filmes que buscam a simplicidade num todo, que expressam, tanto no roteiro, como na fotografia e na edição uma humildade que beira o amadorismo. “ Acne ”, escrito e dirigido pelo uruguaio Federico Veiroj, é um filme avesso a qualquer tipo de tecnologia que possa alterar a autenticidade do dia a dia de pessoas comuns com problemas normais e sem qualquer característica especial; silencioso e natural como a vida do adolescente Rafael Bregman, tímido, filho de pais em processo de separação, pouco notado pelas meninas da escola e com toda ebulição sexual natural da idade. Ao perder a virgindade com uma garota de programa, Rafael percebe que não é isso que realmente quer, seu desejo é por um beijo na boca, e de preferência em Nicole, menina do mesmo colégio por quem nutre uma paixão escondida. A baixa auto-estima com as espinhas cada v

Poliamor? (by Fabi)

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Pregando o descompromisso e o desapêgo, o poliamorismo (termo designado às relações amorosas que não crêm no princípio da monogamia), vem sido amplamente difundido na atualidade e já conta com inúmeros seguidores. Obviamente, que desde que o mundo é mundo, existe a infidelidade, o adultério e a traição, porém o poliamor é estar aberto a se relacionar com mais de uma pessoa simultaneamente, com o pleno consentimento de todas as partes. Ora, posso estar muito atrasada, mas não consigo visualizar uma relação assim em meu cotidiano. Como construir algo sólido e duradouro, calcado na confiança e na lealdade, com alguém que segue a cartilha poliamorística? Não se trata de ciúmes pura e simplesmente, mas beira o cômico querer estar com o homem amado e ouvir "Olha só, hoje não dá....É o dia da Marieta." Fora a completa descaracterização da família. Como formar uma? Um relacionamento que exige exclusividade , não é, em hipótese alguma, nenhum tipo de violação da individualidade. Não

Já vai tarde (by Gian)

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Depois de 23 anos de muita denúncia, processos e acusações, é com muito orgulho que escrevo sobre o fim da era Ricardo Teixeira como presidente da CBF. Ainda não é para ser vastamente comemorado porque seu substituto até o término da Copa do Mundo será o não menos inescrupuloso José Maria Marin, ex-governador de São Paulo que assumiu esse posto de outro ainda mais ladrão: Paulo Maluf na época saía para concorrer ao cargo de Deputado Federal. Só com alguns conhecidos nomes já sabemos que pouco muda até a nova eleição que acontece em 2014. Mas o pouco que muda faz diferença, pois se Ricardo Teixeira agüentasse no cargo até a Copa que será aqui no Brasil ele teria alguma chance de reeleição. Agora, às vésperas de ser divulgado um comprometedor processo judicial que corre na suíça, e de várias e novas denúncias ocorridas aqui no Brasil, entre elas uma transação de quase 4 milhões de dólares com o homem forte da Nike no Brasil, cujo depósito foi feito no nome da filha dele, Antônia Wigand

A fábula do coelho cego (By Gian)

Numa manhã, um coelho cego estava descendo para a sua toca quando dá um encontrão numa grande cobra que ali estava. – Desculpe-me – disse o coelho –, não tinha a intenção de trombar com você, é que eu sou cego! – Não há problema – responde a cobra –, a culpa foi minha, não percebi você chegar. É que eu também sou cega! Mas, por outro lado, que tipo de animal é você? – Bem, na verdade não sei, sou cego, nunca me vi. Talvez você me consiga examinar e descobrir que tipo de bicho sou eu. Então, com a ponta da língua e as narinas, a cobra examinou o coelho: – Bem, você é macio, tem longas e sedosas orelhas, uma cauda que parece um pompom e um pequeno nariz. Você deve ser um coelho! O coelho ficou tão contente que dançou de alegria. Então a cobra disse que também não sabia que tipo de animal ela era e o coelho concordou em tentar descobrir. Após ter examinado a cobra, com as patas e o nariz, o coelho respondeu: – Você é duro… frio… escorregadio… viscoso… não tem cabelos… dá a impr

Mulher (by Gian)

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E tudo começou em um grande oito de março, na luta das mulheres socialistas para melhoria nas condições de vida e trabalho, dando início à revolução de 1817. Porém, a data fixa foi definida a partir de movimentos feministas em 1821, na conferência das mulheres comunistas que homenagearam as companheiras costureiras de São Petersburgo, que em 1817 fizeram uma greve geral por pão e paz, e a partir de oito de março desencadearam a revolução russa. Muita luta se seguiu nas conquistas dos direitos mais básicos, tendo a igreja como um dos principais adversários na luta pela igualdade e liberdade. Hoje no Brasil ainda há luta e muito preconceito. Ainda existe muitos crimes passionais: em média dez mulheres são mortas por dia dentro de casa pelos seus companheiros. Ainda temos alto índice de mortes por aborto por conta da nossa atrasada bancada evangélica na Câmara e no Senado. Temos estupro ao vivo em programa televisivo de alta audiência e estupro coletivo na Paraíba. Contudo, as coisas

Um Daldry para ser esquecido (by Gian)

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Quando Stephen Daldry surge nos começo da década passada com um filme que parecia ser um clichê danado – um garoto que quer ser bailarino numa cidade preconceituosa – e faz um dos filmes mais belos do ano, pensei com meus botões: Maravilha! está aí alguém que consegue emocionar sem apelações. Billy Elliot naquele ano virou meu filme da vez, comprei o CD com a trilha sonora e já devo ter assistido umas vinte vezes, no mínimo, sendo que a primeira foi no cinema. Daí pra frente sempre acompanhei o trabalho do Diretor, que infelizmente foi decaindo de filme para filme. Depois de Billy Elliot ele fez o ótimo “ As Horas ”, seu longa mais premiado: Recebeu o premio do Júri em Berlim, Levou Globo de Ouro na categoria melhor filme de Drama e melhor atriz, e concorreu a oito categorias do Oscar, incluindo aí Filme e Diretor. O filme é muito bom, mas Billy era melhor. Aí vem seu terceiro longa: “ O leitor ”, baseado no maravilhoso livro de Bernhard Schlink. Não sei se fui assistir com a forte

Violeta Parra (by Gian)

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D epois de quase um mês assistindo aos concorrentes ao Oscar deste ano – já que eu não queria acompanhar a cerimônia nem um pouco desatualizado – volto a minha rotina de filmes não falados em língua inglesa, alguns premiados outros nem tanto. E já começam os socos no estômago desde cedo. Fiquei meio acostumado com os estilos que concorrem ao mais famoso festival do mundo e me peguei aos prantos logo na minha primeira investida diferente: “ Violeta foi para o Céu ”, película chilena do grande diretor Andrés Wood que conta à história de um dos maiores talentos artísticos do país, a grande Violeta Parra, que além de compositora e fundadora da Música Popular chilena, era cantora e artista plástica. Mulher de fibra e luta, com sua vida sempre dividida aos extremos: Do fracasso ao sucesso, do amor ao ódio, da alegria a tristeza, Violeta sofreu com injustiças sociais, com amor, com a perda de um filho e com o preconceito de ser de um país pobre. Talentosa em vários ramos culturais, mas