Para maiores e menores de 30 anos (by Gian)


Foi uma surpresa mais que agradável assistir à nova produção de Steven Spilberg “Super 8”, cuja estréia se deu nos cinemas na última sexta-feira. O filme fez recordar os anos 80, aquela doce infância em Nova Friburgo, onde aos domingos eu aguardava ansioso o começo da sessão das cinco para assistir espetaculares ficções científicas dirigidas ou produzidas pelo mestre do momento, Mr. Spilberg. E.T. o Extraterrestre, Os Goonies, Gremlins, Contatos imediatos de Terceiro Grau...quem nunca se rendeu a essas pequenas-grandes obras?

Que época de tão bons e simples filmes, onde a família toda saia junta pra sorvete, pipoca e cinema; as filas, o cheiro do amendoim torrado em frente à bilheteria, as paqueras antes das luzes se apagarem, o medo gostoso nas aparições repentinas de monstros ou aliens.

Toda essa nostalgia volta em doses homeopáticas a cada minutos das duas horas do gostoso longa “Super 8”. Lá está tudo aquilo que víamos antigamente: cidadezinhas do interior cujas casas não têm muros, grupo de amigos adolescentes que fazem descobertas fabulosas e se locomovem de bicicleta, o gordinho rejeitado, o medroso que vomita, a loirinha cobiçada e o suspense com boas doses de efeitos especiais. Tudo no clima dos anos 80 (a história se passa em 1979) para fazer com que nós, trintões e quarentões, nos emocionemos junto com a criançada que lota o cinema em busca de bons sustos. Exatamente como fazíamos a vinte e cinco anos atrás.

Além do mais, o filme é uma declaração de amor ao cinema, o título faz referência a uma velha filmadora muito usada por Spilberg quando ainda era um adolescente amador amante da sétima arte.

A direção fica nas mãos de J.J. Abrams, criador da série televisiva “Lost”, que não esconde sua admiração e amizade por Spilberg, fazendo esse admirável filme-homenagem, mesmo sendo rodado com o dinheiro do seu mestre, pois a produtora é a Amblin Entertainment.

Nesse final de semana, vá ao cinema. Se tiver filhos leve-os, caso contrário, pede seus pais pra te levarem. Diversão garantida.

Ps. Assistam os créditos finais, vale a pena a surpresa!

Comentários

  1. Lendo seu texto tice o privilégio de voltar ao tempo em que comprávamos torradinhas no "Faridi" para assistir "Karetê Kid". S.S. é sempre espetacular. Tem sempre os núcleos familiares. Sensacional.
    Beijo no coração irmão!

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  2. Erratas: "Tive o privilégio"; e "Karatê Kid". É que a emoção atrapalha. kkkkkkkk

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  3. É meu brother, grandes lembranças..karete Kit na casa da Vó Magali com torradinha do faridi, coca-cola e chokito.
    Vou fazer um post depois sobre a famosa torradinha!

    Beijo

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  4. Esse filme é realmente muito bom! Adorei!
    Saudades amigo!!!

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