O Lula e o Oscar (by Gian)

Na última quinta-feira, a Cinemateca Brasileira, anunciou o longa “Lula – O Filho do Brasil” como nosso candidato na busca do Oscar de melhor filme estrangeiro de 2011. O representante brasileiro foi escolhido unanimemente por nove especialista, derrotando assim os outras vinte e duas produções nacionais.
Só pude assistir quatro dos filmes pre-selecionados: Chico Xavier, É Proibido Fumar, Sonhos Roubados e Lula. Desses, “É proibido Fumar” é infinitamente melhor, todavia, não é a cara do Oscar, estaria mais para festivais do tipo Sundance, Berlim ou Cannes.
A cerimônia de sétima arte mais famosa do mundo tem uma tendência a premiar filmes estrangeiros cuja temática envolva política, basta fazer uma rápida retrospectiva que acharemos entre os vencedores “A Vida dos Outros”, “Os Falsários”, “Invasões Bárbaras”, “Terra de ninguém” entre outros. Outro fator determinante na escolha é o da projeção mundial do nosso presidente, escolhido por inúmeros especialista internacionais como o maior líder político da atualidade.
Outra característica inegável no filme de Fábio Barreto é mostrar a realidade do povo brasileiro, a pobreza, a violência e a grande desigualdade social, além da luta diária dos trabalhadores braçais constantemente oprimidos pelo poder.
Mas “Lula – O Filho do Brasil” não emociona. Direção e roteiro tentam ao máximo mostrar apenas as dificuldades enfrentadas por Lula na infância, na família, na ditadura e no trabalho. Na hora que é pra emocionar, pra mostrar as conquistas e vitórias, o filme acaba, entrando aquelas letrinhas explicativas do que aconteceu depois com a personagem principal.
Porém, que venha nosso primeiro Oscar. Fábio Barreto já esteve lá antes, em 1996, quando dirigiu “O Quatrilho”, mas perdemos para o maravilhoso “A Excêntrica Família de Antonia”. Agora vamos com mais experiência, e o que é melhor, vamos com toda o carisma de Luiz Inácio Lula da Silva.
And The Oscar Goes To ....

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